Amamentação após cirurgia bariátrica

Amamentação após cirurgia bariátrica

Saúde e bem-estar mental |  2 minutos de tempo de leitura

Parteira no consultório com uma chupeta

As mães que foram submetidas a cirurgia de perda de peso podem beneficiar os seus bebés ao amamentar. A monitorização regular e os suplementos vitamínicos são fundamentais.

À medida que as taxas de obesidade aumentam em todo o mundo, mais pessoas estão a ser submetidas a cirurgia bariátrica como forma de tratamento de comorbidades, como diabetes tipo 2 e hipertensão, bem como para lidar com problemas de fertilidade e gravidez.

 

Nos EUA, as taxas de cirurgia bariátrica aumentaram de 158 000 por ano em 2011 para 256 000 em 2019.1 A Europa está também a registar um crescimento na cirurgia de perda de peso, que passou de 25 000 em 2003 para cerca de 125 000 em 20162


As taxas de amamentação são 29% mais baixas em mães submetidas a cirurgia bariátrica, quando comparadas com mães não-obesas. Existem também preocupações em relação aos nutrientes do leite materno e possíveis deficiências em micronutrientes.

Deficiências nutricionais


Independentemente do tipo de cirurgia bariátrica realizada, desde o bypass gástrico até à banda gástrica, o resultado é um estômago mais pequeno e que aloja menos comida, fazendo com que os alimentos passem pelo sistema digestivo mais rapidamente. Frequentemente, são necessários suplementos para o resto da vida, especialmente vitamina B12.

A deficiência em nutrientes do leite materno foi um dos tópicos-chave incluídos na primeira revisão sistemática de estudos sobre cirurgia bariátrica e amamentação, realizada por investigadores do Department of Nutrition and Dietetics Graduate Program da Central Michigan University, EUA3.

Em alguns casos, bebés nascidos de mães submetidas a cirurgia bariátrica desenvolveram deficiências de B12, bem como outros problemas, incluindo anemia, acidúria metilmalónica e neutropenia. Um bebé que foi exclusivamente amamentado durante 10 meses apresentou 25% de atraso no desenvolvimento. Outro apresentou crescimento insuficiente até aos 10 meses.

 

No entanto, em geral, foi determinado que o leite materno de pessoas que foram submetidas a cirurgia bariátrica contém nutrientes suficientes para os bebés. Quando existia défice de nutrientes, este foi facilmente corrigido, tanto na mãe como na criança.

Monitorização atenta


É necessária mais investigação para estabelecer diretrizes e descobrir os motivos por detrás das taxas mais baixas de amamentação. Entretanto, os investigadores recomendam o rastreio regular e a monitorização atenta das mães e dos seus filhos. Um exemplo é a necessidade de tomar 350-500 g de vitamina B12, que é muito superior aos 6 g habituais encontrados na maioria dos multivitamínicos. Quaisquer deficiências nutricionais devem ser tratadas imediatamente.

Se possível, também é melhor esperar, pelo menos, 1 ano após a cirurgia bariátrica para engravidar. Isto permite que o corpo tenha tempo para se adaptar à nova forma de comer e que o peso estabilize.

 

Com o apoio de enfermeiras especialistas e de outros profissionais de saúde, as mães submetidas a cirurgia bariátrica podem amamentar os seus bebés com sucesso. Considerando as evidências científicas de que a amamentação ajuda a prevenir a obesidade nos filhos de mães que foram submetidas a cirurgia bariátrica, este é um objetivo que vale a pena atingir.

Referências


1
American Society for Metabolic and Bariatric Surgery, Estimate of Bariatric Surgery Numbers, 2011-2019.

2Luca Paolino, R. Pravettoni, S. Epaud, M. Ortala, A. Lazzati, Comparison of Surgical Activity and Scientific Publications in Bariatric Surgery: and Epidemiological and Bibliometric Analysis, Obesity Surgery (2020) 30:3822–3830

3Adsit J, Hewlings SJ. Impact of bariatric surgery on breastfeeding: a systematic review. Surg Obes Relat Dis. 2021 Sep 3:S1550-7289(21)00420-2.

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