‹ Voltar ao blogue

5 principais efeitos a longo prazo da privação de sono que pode não conhecer

Qualquer pessoa que já tenha tido uma má noite de sono conhece alguns dos sinais mais óbvios de privação de sono, como estar cansado ou irritável no dia seguinte. No entanto, nem todas as pessoas compreendem que há consequências a longo prazo resultantes de não dormir e estes efeitos podem ser sentidos em todo o corpo.

Aumento de peso

De acordo com o Harvard Healthy Sleep, as pessoas que dormem menos de seis horas por noite têm maior probabilidade de ter um índice de massa corporal (IMC) mais elevado do que aquelas que dormem as oito horas recomendadas. Durante o sono, o corpo liberta hormonas que controlam o apetite, o metabolismo da energia e o processamento da glicose. Uma dessas hormonas é o cortisol, "a hormona do stress", que aumenta os níveis de insulina do corpo e facilita o armazenamento de gordura no corpo. Outra hormona, de acordo com a Sleep Health Solutions, é a grelina, que, em níveis elevados, produz a sensação de fome: a falta de sono tem sido associada a níveis mais elevados de grelina.

O Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido também observa que a leptina pode desempenhar um papel neste problema: a leptina provoca a sensação de satisfação; a privação do sono está associada à diminuição de leptina no corpo.

Maior risco de diabetes

Intimamente associado à questão do aumento de peso está o risco aumentado de desenvolver diabetes. A Sleep Health Solutions indica que a privação de sono a longo prazo pode aumentar o risco desta doença, uma vez que o sono insuficiente perturba a forma como o corpo processa a glicose e representa um fator de risco significativo para a diabetes. O Harvard Healthy Sleep também cita um estudo que concluiu que as pessoas que reduziram a sua quantidade de sono de oito horas por noite para quatro passaram a processar a glicose mais lentamente do que aqueles que dormiram o suficiente.

Maior risco de doença cardíaca

Uma pessoa que não dorme o suficiente também pode ter um risco maior de desenvolver problemas cardíacos de acordo com a Sleep Health Solutions. Como acontece com o aumento de peso e a diabetes, o problema é hormonal: a falta de sono aumenta os níveis de hormonas de stress no corpo, aumentando a pressão arterial e a frequência cardíaca e causando uma resposta inflamatória no próprio coração. A tensão arterial elevada está associada a doenças cardíacas, ataques cardíacos e AVC. O Harvard Healthy Sleep relata que este não é apenas um efeito secundário a longo prazo; apenas uma noite sem dormir pode aumentar a pressão arterial no dia seguinte.

Perturbações do humor

Não dormir o suficiente afeta o estado de espírito. Enquanto uma única noite sem dormir pode causar irritabilidade na manhã seguinte, a falta de sono crónica pode resultar em perturbações do humor a longo prazo, incluindo ansiedade e depressão. A investigação indica que não dormir o suficiente pode levar a sentimentos de tristeza, raiva, exaustão mental e diminuição do otimismo e da sociabilidade, de acordo com o Harvard Healthy Sleep. O NHS relatou uma pesquisa que concluiu que a maioria dos indivíduos que sofrem de ansiedade ou depressão dormem menos de seis horas por noite. Segundo a Sleep Health Solutions, a ligação entre insónias e perturbações do humor pode dever-se a baixos níveis de melatonina. Esta hormona ajuda a regular o ciclo do sono e o humor, e os pacientes deprimidos apresentam, frequentemente, níveis de melatonina abaixo do normal.

Consumo de álcool

Os indivíduos que não dormem o suficiente têm maior probabilidade de consumir álcool. O álcool atua como um ligeiro sedativo e, por essa razão, muitas pessoas que têm dificuldade em adormecer consomem álcool para ajudar a dormir. No entanto, embora o álcool cause inicialmente sonolência, pode na verdade interferir com uma boa noite de sono: após algumas horas, o efeito soporífico desaparece e faz com que a pessoa comece a acordar e também que tenha dificuldade em voltar a adormecer.

Em suma, embora a sonolência diurna e a irritabilidade possam ser frustrantes, na verdade, os efeitos a longo prazo, incluindo o aumento de peso, os problemas cardíacos e a diabetes, são os que podem perturbar o equilíbrio de várias hormonas no corpo e afetar gravemente a saúde.